O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, pediu ações urgentes contra a crise climática. A declaração em vídeo ocorreu em virtude do encerramento da sexta sessão da Assembleia da ONU para o Meio Ambiente (UNEA-6), realizada entre 26 de fevereiro e 1º de março, na sede do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em Nairóbi, no Quênia.

“Juntos, precisamos que os governos estabeleçam um novo tratado sobre poluição plástica e aumentem massivamente o financiamento para o desenvolvimento sustentável, ações climáticas e biodiversidade nos países em desenvolvimento”, pediu.

António Guterres disse que os países precisam entregar seus compromissos com os ODS. Então, ele citou as consequências da elevação do nível do mar e a situação das populações mais vulneráveis que “são menos responsáveis e são os que mais sofrem uma injustiça” com os efeitos da crise climática. Além disso, Guterres reforçou a necessidade de trilhar um caminho sustentável e impulsionar a transição para energias renováveis.

“Seus esforços são urgentes. Nosso planeta está à beira do abismo. Os ecossistemas estão entrando em colapso. Nosso clima está implodindo e a culpa é da humanidade”, afirmou.

Assembleia para o Meio Ambiente

A UNEA é o mais alto órgão da ONU sobre meio ambiente e, por isso, busca soluções que harmonizem a relação entre a humanidade e a natureza. Este ano, o PNUMA realizou a sexta edição da assembleia em sua sede no Quênia, que focou no multilateralismo como forma de enfrentar a crise climática em curso no planeta.

A assembleia reuniu chefes de Estado e delegados dos 193 Estados-membros da ONU. Além, ainda, de quase 7.000 representantes da sociedade civil. Os esforços na UNEA, portanto, foram para aprovar resoluções para a natureza e para os seres humanos. No vídeo institucional da ONU, António Guterres apontou algumas resoluções que a organização espera dos países que comprometem-se com as decisões conjuntas da agenda global do clima.

“Oferecer justiça climática, controle da poluição, proteção e restauro de ecossistemas”, disse. “Os países devem estabelecer metas nacionais para cumprir essa estrutura. Eles devem capitalizar o novo futuro de perdas e danos, criar contribuições novas na economia até 2025, que se alinhem com a limitação do aumento da temperatura global de 1,5°C ”, contou.

União global

O secretário-geral da ONU frisou na ajuda aos países em desenvolvimento e no que chamou de “revolução das energias renováveis”. Assim, segundo ele, o desenvolvimento dos países precisa ser sustentável e garantiu que a assembleia desempenha um papel vital na condução da ação ambiental no planeta. 

“Vocês já demonstraram anteriormente que podem se unir e entregar, mais recentemente com sua decisão histórica de negociar o tratado de plástico. Peço que façam isso novamente e cheguem mais longe. Há muitas resoluções importantes diante de vocês, então, aproveitem esta oportunidade para impulsionar soluções multilaterais”, finalizou.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra a Mudança Climática.

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