Hugo Jorge Bravo lamentou a derrota do Vila Nova para o Remo na final da Copa Verde, disputada neste sábado (11), em Belém. Além de pedir desculpas ao torcedor, o presidente do clube fez questão de destacar as conquistas do Colorado em 2021.

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“Foi a quarta final que a gente disputou neste ano. Eu vou ver o copo meio cheio e não meio vazio. Eu não me recordo, nos meus 37 anos, de participar em um ano de duas decisões. Quiçá quatro. Lembrando que temos um título nacional. É valorizar. Pegamos um clube completamente falido, sucateado. As coisas não acontecem do dia para a noite”, disse.

Em seguida, Hugo Jorge Bravo comparou a situação do Vila Nova com os rivais Goiás e Atlético e ainda citou que Adson Batista, presidente do Dragão, não teria vida longa no Tigrão. “Nós fomos incompetentes. Isso em nenhum momento vamos deixar de destacar. Mas o Vila está vivendo um bom momento e talvez cresceu em dois anos, o que não conseguiu em 10, 20 anos. Eu sei que o torcedor, só porque temos dois rivais na Série A, acha que nós chegaremos lá com um passe de mágica. O Atlético-GO disputou a mesma Série C que a gente em 2007. Ele não subiu e o Vila subiu. No ano seguinte, o Vila quase subiu e achou que tinha perdido tudo e refez tudo. O Atlético-GO manteve o presidente, em 2008 subiu para B, em 2009 para a A. Eu falo que o Adson Batista não tinha durado um ano e meio no Vila”.

O presidente ainda destacou os problemas com elenco sofridos pelo time. “Não era o planejamento nosso sequer terminar a competição com o time principal. Tivemos um problema com a lesão do Dudu. Com a lesão do Alesson, com vencimento de contratos… mas, enfim, é lamentar bastante, pedir desculpa para o torcedor e dizer que o futebol é assim, um ganha e outro perde. Não há deserto que dure para sempre”, comentou.

Por fim, Hugo Jorge Bravo disse que, para 2022, o Vila Nova tem que dar continuidade na administração, manter a base do time, que terminou o segundo turno em terceiro lugar, e buscar reforços pontuais. Contudo, ele revelou que o clube corre risco de ser proibido de realizar contratações. 

“Nós estamos na iminência de sofrer um ‘transfer ban’ em fevereiro. E aí, como a gente fica? É a situação de uma dívida com o Ceará. A gente tenta fazer acordo, mas temos que ver. Na venda do Patrick William para o Famalicão, o Vila tinha que ter passado um valor ao Ceará e não fez. E, agora temos que pagar, assim como agora pagamos várias coisas. Tem torcedor em casa que vai chorar. É o que nós temos. Bem-vindo ao Vila Nova. Eu vim aqui, sei dos problemas, mas não tenho que vender sonho para ninguém”, completou”.