No dia primeiro de janeiro de 1995, Maguito Vilela tomou posse como governador do Estado de Goiás.  Durante sua gestão, o político implantou diversos projetos sociais para ajudar a população de baixa renda. Dentre eles, a distribuição de cestas básicas, pão e leite e a isenção das taxas de água e energia para famílias que recebiam até um salário.

O ex-governador levou asfalto para as rodovias e implantou o programa luzes no campo, levando energia para mais de 90% da população da zona rural à época.

Para o cientista político Guilherme Carvalho, o que diferenciou Maguito dos outros políticos, é que ele mostrou que era possível converter ideias em políticas públicas. Isso gerou os primeiros passos no combate às desigualdades sociais e estruturais de Goiás e do Brasil.

“A estrutura social estava estagnada naquele momento e isso ajudou o Maguito a pensar em políticas públicas. Ele viu que era possível gerar desenvolvimento social, ou pelo menos levar algum tipo de amparo para as pessoas mais necessitadas”, afirmou Carvalho.

Um dos projetos sociais criados na gestão de Maguito gerou o programa Jovem Aprendiz. A iniciativa foi aprovada no governo do político e teve continuidade durante o governo de Marconi Perillo, Alcides Rodrigues e José Eliton. Como explicou a presidente da Rede Nacional de Aprendizagem, Promoção Social e Integração (Renapsi), Raquel Barbosa.

“Ele implantou a Fundação da Criança e do Adolescente (FUNCAD), capitaneada pelo Dr. Joel Santana Braga”, explicou.

Guilherme explicou também que esses programas sociais serviram como base para outros de âmbito local como o Cheque Cidadão, implementado por Marconi Perillo, e em âmbito nacional como o bolsa família, executado pelo governo federal.

“Essa iniciativa foi de extrema importância para gerar programas de apoio ao cidadão, como o bolsa família, que sem dúvida nenhuma é o maior programa de combate às desigualdades do Brasil. Tudo isso começou aqui em Goiás”, ressaltou o cientista político.

Apesar do êxito com os programas sociais, havia um esforço para mantê-los ativos. Com empréstimos gerados, em determinado momento, foi necessário vender ativos do Estado de Goiás para que as dívidas não ficassem ainda maiores.

“Distribuir pão e leite para as pessoas exige um esforço de logística gigantesco, tanto para comprar o material quanto para distribuir. Era necessário um aparato estrutural gigantesco e o Estado ainda não estava pronto”, explicou Guilherme Carvalho.

Mesmo em um momento conturbado para o MDB em Goiás, o ex-governador saiu do mandato com saldo positivo. “Maguito Vilela saiu desse processo como um grande vencedor. Ele conseguiu obter seu espaço político e sair do governo do Estado de Goiás como alguém de moral e retidão íntegra”, enfatizou.

Durante a trajetória política, Maguito Vilela foi vereador em Jataí, deputado estadual, deputado federal constituinte, senador e se tornou líder na Assembleia Legislativa durante a gestão Iris Rezende. Ele também foi vice-governador de Goiás e prefeito de Aparecida de Goiânia por dois mantados.

“Palloma Rabêllo é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com o IPHAC e a PUC Goiás, sob supervisão do jornalista Denys de Freitas”.