Estudantes do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) criaram uma ferramenta para tratar água de esgoto. A ferramenta promove a sustentabilidade hídrica e é uma alternativa de baixo custo para o tratamento de águas de esgoto no  campus do IFPE em Afogados da Ingazeira e na região do Sertão do Pajeú, local com baixa disponibilidade hídrica.

A ideia surgiu num projeto de extensão que buscava tratar águas de esgotos para uso não potável. Então, os estudantes desenvolveram o projeto “Reuso de Efluentes como Ferramenta para Alcançar a Sustentabilidade Hídrica na Região do Pajeú”. Portanto, eles esperam contribuir com o aumento da disponibilidade hídrica destinando a água tratada para fins não nobres.

Para isso, então, utilizaram um método de escoamento superficial ou subsuperficial de água chamado “Wetland”. Com ele, os estudantes chegaram artificialmente a um resultado próximo ao que ocorre com ecossistemas naturais.

Sistema de filtração

Wetland traduzido para o português é zona úmida. Assim, o sistema filtra os poluentes com pedras e areia grossa e com isso formam lagoas ou canais artificiais rasos com a água tratada. 

“As principais vantagens da aplicação deste método é a elevada capacidade de remoção de matéria orgânica, remoção de nutrientes e eliminação de sólidos suspensos tornando o efluente tratado em uma fonte alternativa de água para reuso”, explicou o professor Rene Benevides ao portal G1.

O sistema é uma “opção sustentável e ecologicamente correta” de tratar esgoto. “Uma importante vantagem é a baixa necessidade de manutenção, fácil operação, e a não necessidade do uso de energia elétrica, o que torna esta técnica extremamente promissora para ser expandida pelo país nos próximos anos”, disse Benevides.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU).

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