O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan/GO), a Fundação de Apoio à Pesquisa (Funape) e a Prefeitura de Goiás, viabilizaram a execução do Canteiro Modelo de Conservação (CMC) – Canteiro Vila Boa – programa do Iphan que prevê ações coordenadas de desenvolvimento de projetos e monitoramento de bens tombados. A assinatura simbólica do acordo de cooperação com a UFG – Universidade Federal de Goiás – aconteceu na última terça-feira (10) no Colégio Sant’Ana, fundado em 1889, na cidade de Goiás.

O convênio de cooperação se deu através do projeto Ybipitanga – uma extensão e cultura do curso de Arquitetura e Urbanismo do Câmpus Goiás da UFG, com atuação voltada (exclusivamente) para os os moradores residentes nas áreas tombadas e de entorno na cidade de Goiás, em situação de vulnerabilidade social, cujos imóveis apresentam arcabouço de técnicas construtivas tradicionais.

Entre os objetivos do convênio, estão a promoção da conscientização da cidade de Goiás como patrimônio cultural, a formação de profissionais com sensibilidade para atuar na preservação dos bens e o acompanhamento de obras nas intervenções em edificações de valor cultural. No caso do Canteiro Vila Boa, um grande diferencial é a preocupação com as famílias que residem no centro histórico de Goiás.

Foto: Carlos Siqueira

Manifestações

De acordo com a professora Karine Oliveira, coordenadora do Ybipitanga, levantamentos a respeito das pessoas que vivem nesses locais indicam que a maioria é considerada em situação de pobreza ou baixa renda, o que indica uma população sem recursos para fazer a adequada recuperação e preservação dos bens que compõem o patrimônio histórico. 

“A interface entre a Arquitetura e Urbanismo e o Serviço Social é extremamente potente e inovadora no Ybipitanga, isso sinaliza novos debates teóricos no campo do Patrimônio que também podem reverberar na formulação de políticas públicas patrimoniais”, argumentou Karine.

A vice-diretora do Câmpus Goiás, Denise Alves, destacou a importância das parcerias que oferecem um olhar mais humano sobre as ações da Universidade.

“O papel da universidade pública é universalizar o saber e o conhecimento produzido em prol da sociedade, só que esse papel a gente não consegue cumprir sozinho, então a formação de parcerias é fundamental”, destacou Denise.

A reitora da UFG, Angelita Pereira de Lima, fez agradecimentos aos parceiros do acordo e ressaltou a importância do projeto, que não tem, apenas, os bens imóveis como objeto, mas uma preocupação especial com as pessoas.

“Temos aqui um projeto onde cursos da Universidade, de diferentes áreas, conversam e desenvolvem ideias juntos. Temos certeza de que ele será um instrumento de transformação local”, finalizou.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 16 – Paz, Justiça e Instituições Fortes.

Com informações do site UFG

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