Brasil e França desejam arrecadar € 1 bilhão (cerca de R$ 5,4 bilhões) para projetos de economia sustentável (bioeconomia ) na Amazônia Legal brasileira e parte da Amazônia da Guiana Francesa.
O projeto lançado na terça-feira (26) pelos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e da França, Emmanuel Macron, em Belém, faz parte do Plano de Ação sobre a Bioeconomia e a Proteção das Florestas Tropicais.
O plano assinado pelos dois países visa a arrecadação de recursos públicos e privados para desenvolver a economia dentro da Amazônia.
Há um apelo global para a conservação da floresta e a manutenção dos costumes e hábitos de vida das comunidades locais. Portanto, pensou-se então em meios de desenvolver neste território a bioeconomia.
Bioeconomia
A bioeconomia é a harmonia entre a geração de economia e a proteção do meio ambiente. O novo modelo econômico é visto como uma forma de usar os recursos naturais renováveis e ao mesmo tempo conservar a integridade da floresta.
Entre esses métodos, já existe atualmente o extrativismo sustentável, a agricultura sustentável, a biotecnologia e o manejo florestal para uso sustentável da madeira. Assim, então, a bioeconomia mantém o crescimento econômico e atinge a transição energética justa e diminui as emissões de gases de efeito estufa.
Para o presidente Lula, o Brasil vai conseguir acabar com o desmatamento na Amazônia até 2023. “A gente vai acabar com o desmatamento até 2030 para provar ao mundo que nós vamos preservar a nossa Amazônia. E nós queremos convencer o mundo de que o mundo que já desmatou tem que contribuir, de forma muito importante, para que os países que ainda têm florestas as mantenham em pé”, disse.
Macron afirmou que o desenvolvimento sustentável é uma questão de resistência para as comunidades locais. “O que nós queremos fazer é preservar, conhecer melhor, multiplicar a cooperação científica, construir estratégias de apoio aos povos indígenas e juntos ter ações de investimentos na bioeconomia para isso crescer realmente”, contou.
Brasil, França e além
A meta dos presidentes é que Brasil e França terminem a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP29), em Baku, no Azerbaijão, com a aprovação da regulação de um mercado de carbono eficiente e transparente.
O início do plano envolve um outro documento assinado em Belém chamado: “Brasil-França à ambição climática de Paris a Belém e além”. “Nós não queremos transformar a Amazônia no santuário da humanidade. O que nós queremos é compartilhar com o mundo a exploração, a pesquisa da nossa riqueza de biodiversidade”, disse Lula.
Metas da parceria
Após o encontro e a assinatura dos documentos, os dois governos divulgaram uma nota conjunta. Então, ela tem cinco pontos para nortear a parceria Brasil e França em relação à bioeconomia.
Os pontos incluem diálogo entre as administrações francesa e brasileira e parceria entre os bancos públicos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Agência Francesa de Desenvolvimento.
Além disso, nomeação de pessoas para compor empresas inovadoras em bioeconomia dos dois países, acordo científico entre Brasil e França, e investimento em pesquisa para fortalecer o Centro Franco-Brasileiro de Biodiversidade Amazônica (CFBBA).
*Com Agência Brasil
*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 17 – Parcerias e meios de implementação.
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