O processo que investiga supostos desvios de dinheiro por parte do padre Robson de Oliveira enquanto presidia a Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe) foi arquivado em definitivo pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) nesta segunda-feira (18).

Como o processo transitou em julgado, significa que não existe mais a possibilidade de recurso nas instâncias superiores.

O Ministério Público de Goiás (MP-GO) informou que ingressou com um mandado de segurança no STJ, a ser analisado pela Corte Especial. O MP questiona a decisão da 6ª Turma em não admitir o recurso.

Padre Robson sofria acusação por supostamente desviar mais de R$ 100 milhões de doações de fiéis enquanto era presidente da Afipe. O dinheiro deveria ter sido utilizado na construção da nova Basílica de Trindade, mas segundo a denúncia do MP-GO o religioso teria comprado fazenda, casa de praia e um avião de pequeno porte.

Os supostos desvios foram descobertos durante a Operação Vendilhões, que apurou uma denúncia do religioso, na qual Padre Robson estaria sendo vítima de extorsão após hackers terem descoberto um suposto relacionamento amoroso dele.

Ao todo, segundo a denúncia, Padre Robson teria desembolsado R$ 2,9 milhões para os chantagistas, dinheiro que, segundo o MPGO, saiu dos cofres da Afipe, com sede em Trindade (GO).