Os ministros da Educação (MEC) e do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, Camilo Santana e Silvio Almeida, respectivamente, condenaram o etarismo. Em vídeo divulgado nas páginas dos ministérios, os titulares das Pastas defenderam que a prática, assim como outras formas de intolerância, ameaça a democracia por alimentar discursos de ódio. “Nunca é tarde para aprender. Sempre é tempo para respeitar”.

Leia mais: Existe idade para estudar? Especialista explica o que é etarismo

O etarismo é a manifestação de violações de direitos humanos contra pessoas por conta da idade. No vídeo, o ministro Camilo Santana reforça que “é lamentável que tenhamos que nos manifestar para defender um direito fundamental básico, que é o direito à Educação, cláusula pétrea da Constituição brasileira”. O titular da Educação frisou que o conhecimento acolhe e liberta.

O ministro da Educação, Camilo Santana (Foto: Governo Federal)

Com o vídeo, os ministros se posicionaram contra as falas de intolerância de colegas de uma caloura de 44 anos que foi vítima de etarismo. As imagens do episódio ocorrido no último sábado (11) viralizaram nas redes sociais.

Importância da educação

Em entrevista à Sagres, o integrantes da coordenação do Fórum Goiano de Educação de Jovens e Adultos (EJA), Lucas Martins de Avelar, pontua que para compreender a importância da educação de jovens, adultos e idosos é necessário entender que a escola tem uma função social muito importante, e que não há idade para estudar e aprender, já que o aprendizado deve ser constante.

“A escola tem a função de fazer com que as pessoas tenham acesso aos conhecimentos que podem fazer com que elas tenha uma ampliação da sua leitura da realidade, para que saiam da cotidianidade, muitas vezes alienada, do ‘olha para o próprio umbigo’ e vislumbrar outras possibilidades e outras oportunidades de se inserir no mundo, de se relacionar com as pessoas, de buscar formas mais dignas de existência”, afirma.

Ainda segundo Avelar, esse conflito de gerações, agravado pela pandemia, ocorre devido à invisibilização do idoso. “Ele existe por conta da invisibilização da população adulta idosa como sujeitos de conhecimento e aprendizagem. Muitas vezes se tem uma ideia do adulto idoso como pessoas que estão no mercado, a partir do momento em que ele sai do mercado produtivo, há uma tendência de matar essas pessoas em vida. Não se consegue compreender que enquanto vida a pessoa tem ela é um sujeito de conhecimento, de aprendizado. A gente não para de aprender”, reforça.

O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida (Foto: Governo Federal)

Ministro se solidariza

Ainda no vídeo divulgado pelo governo federal, o ministro Silvio Almeida se solidarizou com a estudante universitária e combateu todas as formas de preconceito.

“O etarismo, assim como o sexismo, a LGBTfobia e o racismo são ameaças à nossa democracia, pois alimentam os discursos de ódio, especialmente nas redes sociais, gerando diversos tipos de violência”, declarou o ministro.

Assista a seguir

Leia mais