Após mais um jogo sem vencer pelo Vila Nova Futebol Clube na Série B, desta vez o 0 a 0 contra o Operário no OBA, o técnico Dado Cavalcanti afirmou que está pressionado no cargo “desde que chegou”. Além disso, o profissional admitiu críticas ao trabalho.

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“É a função do técnico do futebol, é assim que a gente trabalha no Brasil. Sou um cara que costumo ser muito perfeccionista naquilo faço e, ainda mais em uma situação como essa, tenho mais críticas a mim mesmo em relação ao trabalho. Entendo que existem muitas perspectivas de uma condição de melhora, teremos uma mudança de estratégia no campeonato. Não dá pra achar que as pessoas são idiotas e começar a falar aqui que o Vila vai brigar pela parte de frente da tabela. Precisamos encarar a realidade”, reconheceu.

Com o empate diante do Operário, o Vila Nova completou oito jogos sem saber o que é vencer na temporada. Sob o comando de Dado, o time fez apenas um gol, de pênalti, diante do Guarani. Para o técnico, é uma soma de qualidade dos atletas, da pressão e tática.

“Tem um pouco de tudo, a ansiedade dos atletas em relação à tomada de decisão, acho que em alguns momentos a gente acaba se precipitando um pouco. A questão tática influencia, temos muitos chutes bloqueados, muita gente atrás da linha da bola e a gente acaba sendo bloqueado”, analisou.

De acordo com Dado Cavalcanti, é a primeira vez, em sua carreira, que ele convive com tal jejum de vitórias e gols dirigindo um clube de futebol. Sobre isso, o treinador explicou o que vem cobrando no dia a dia.

“Não dá pra fazer as cobranças de forma genérica. É necessário que tenhamos direcionamento das críticas e cobranças. Nesse grupo que temos aqui não tem vagabundo, ninguém de sacanagem, todo mundo comprometido, mas temos coisas a melhorar. Temos as condições técnicas e tomadas de decisões a serem melhoradas. Tenho passado muito tempo revendo jogos que fazemos, converso individualmente para entender essa condição humana dos atletas para fazer as cobranças mais efetivas. Às vezes é necessário chegar chutando porta, cadeira e xingando todo mundo, mas não é o caso aqui”, explicou.