Desta vez em partida válida pela 25ª rodada da Série A, o Goiás volta a enfrentar o Grêmio neste sábado (12), às 21h, no estádio Hailé Pinheiro, uma semana após a derrota em Porto Alegre, em jogo atrasado da rodada 6. Embalado pela vitória sobre o Atlético Goianiense, o time esmeraldino busca um triunfo que pode tirá-lo da última posição do Brasileirão.

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Protagonista na última segunda-feira (7), o atacante Rafael Moura é um dos jogadores com contrato perto do final. Se Lucão, Gilberto Júnior e Victor Andrade já saíram, o próximo deve ser Keko Villalva, que têm vínculo até o dia 15 deste mês. Além do camisa 9 alviverde, o zagueiro Lucão, os laterais Juan Pintado e Caju, o volante Sandro, o meia Daniel Bessa e os atacantes Henrique Almeida e Kevin Quevedo estão ligados até 31 de dezembro.

Em coletiva de imprensa nesta sexta-feira (11), Rafael Moura revelou que “o que foi conversado comigo é que era para esperar. Como o meu acaba no dia 31, eles iriam resolver primeiro todas essas questões e aí, sim, teríamos uma conversa para prorrogação ou renovação. Isso será feito mais para frente e também muito baseado no resultado das partidas, para sabermos o futuro do Goiás, mesmo tendo mais dois meses de campeonato”.

Espaço para os jovens e luta contra o rebaixamento

Com tantas dispensas no elenco principal, muitos atletas do time sub-20 ganharam espaço na formação da dupla Augusto César e Glauber Ramos, que, inclusive, eram os responsáveis pela comissão técnica da categoria. Segundo Rafael Moura, “os jovens têm muita qualidade e nós, os mais experientes, a única coisa que podemos fazer é apoiar, cobrar e demonstrar algumas coisas para terem confiança e fazerem o mesmo que fizeram no sub-20”.

“Temos que ter muito cuidado e bons resultados, até para não queimar ninguém, porque o Goiás sempre priorizou a categoria de base, não só agora. Tomara Deus que tenhamos condições de brigar: estávamos longe dos adversários no Z4 e já encostamos. Temos um jogo importantíssimo no sábado e, se conseguirmos a vitória, até deixamos de ser os lanternas”, ponderou o atacante, que também falou sobre a luta contra o rebaixamento – a equipe tem 19 pontos, atrás de Coritiba (21) e Botafogo (20), respectivamente.

Fernandão e Rafael Moura, atacantes do Goiás (Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)
Próximo adversário

Neste sábado, o próximo compromisso será contra o Grêmio, que, envolvido nas quartas de final da Copa Libertadores, terá uma formação alternativa em Goiânia. De qualquer forma, Rafael Moura ressaltou que “vimos no último jogo do Campeonato Brasileiro do ano passado que o Grêmio só com os jovens nos dificultou muito. Agora é o time reserva, não só de jovens, tem jogadores de muita qualidade e experiência”.

“Eles têm o foco na Libertadores, e isso sim pode facilitar, mesmo se viesse a equipe titular. mas, titular ou reserva, quem veste a camisa do Grêmio são jogadores de muita qualidade, então temos que ter o máximo de respeito. Independente do adversário, precisamos fazer um pouco mais principalmente o fator casa. Se queremos sair dessa situação, está faltando muito aquelas vitórias que tivemos no ano passado dentro de casa”, completou.

Como mandante, o Goiás conquistou 12 dos seus 19 pontos no campeonato, além de três das quatro vitórias que teve – a última, sobre o rival Atlético, no estádio Antônio Accioly, foi a primeira como visitante, inclusive. De qualquer forma, o aproveitamento em casa é o terceiro pior do Brasileirão desta temporada, na frente apenas de Atlético-GO e Botafogo.

Dupla de ataque com Fernandão

Nas últimas três partidas, o time esmeraldino passou a jogar com um novo esquema tático, o 3-5-2. Diante do Atlético, o ataque foi formado por Rafael Moura e Fernandão pela primeira vez. Antes de falar sobre o seu novo parceiro, ‘He-Man’ lembrou de quando precisou ficar afastado dos gramados por conta da covid-19, revelando que teve 25% do pulmão acometido, e também o drama familiar, com a morte de sua mãe, período que coincidiu com a chegada de Fernandão.

“Agora estamos tendo a oportunidade de jogar juntos, porque também mudou o esquema. Se permanecesse antigo e, jogando os dois atacantes, teríamos dificuldade. Mas agora com os alas, que apoiam bem e fazem os cruzamentos, não tem problema nenhum e o Goiás ganha muita força, experiência, a primeira e a segunda bola, porque um sabe onde que o outro dará aquela ‘casquinha’. Tomara que possamos, pelo menos, ser decisivos nos lances capitais, porque o esquema de jogo nos favorece e saber que quando a bola chegar, porque não terá muita oportunidade, temos que decidir”, destacou.