Gerar impacto positivo na sociedade e na educação, acreditar na capacidade de empreendedorismo das pessoas de buscar soluções para os negócios não apenas pensando no lucro, tudo de forma colaborativa e alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
São alguns dos trabalhos desenvolvidos pela Startei Hub de Inovação, uma startup baiana que desde 2017 busca ajudar no desenvolvimento de negócios locais de maneira efetiva. É o que explica Letícia Lima, ex-professora e uma das sócias da empresa.
“Em 2020 a gente passa para esse momento de rebranding, saindo de uma ideia de Startei Empresa de Consultoria para Startei Hub de Inovação. Hoje a gente traz muito a bandeira de ser um hub de inovação de impacto, buscando sempre essas transformações positivas nas pessoas e nas organizações”, afirma.
Selo de inovação e sustentabilidade
Em janeiro deste ano, a startup se tornou uma das 151 empresas reconhecidas pelo Selo iImpact 2022, resultado da parceria entre a Innovation Latam e a Fundação Dom Cabral, por gerar impacto socioambiental na América Latina pelo trabalho desempenhado. Em sua terceira edição, o processo seletivo durou sete meses, foi dividido em três etapas e contou com a participação de 25 países, mais de 70 embaixadores, além de um recorde: mais de 1,2 mil empresas inscritas, sendo 48% brasileiras e 52% estrangeiras.
“Ela surge com esse propósito de contribuir com a sociedade a partir de negócios locais, de desenvolvimento da economia circular, economia criativa, colaborativa, fazendo com que o ecossistema de inovação também pudesse ser desenvolvido a partir desses pilares”, afirma a também sócia Patrícia Pastori. “O selo é muito fruto do resultado deste trabalho que a gente vem fazendo lá atrás desde 2017”, complementa.
A startup também tem como sócio Paulo Henrique Oliveira. De acordo com Patricia Pastori, a empresa apresenta produtos customizados, como programas voltados à educação. É o exemplo do Pipa, que busca a construção de uma educação voltada ao empreendedorismo e responsabilidade social dentro das organizações.
“É uma educação empreendedora que a gente traz para dentro das escolas, tanto públicas quanto privadas, visando sempre esses empreendedorismo social, inovação e criatividade”, explica Patrícia. “Quando a gente pensa um produto voltado para a escolas, a gente leva também esse pilar como o principal aspecto de cada produto. Quando se pensa em uma trilha formativa para negócios de impacto, educação empreendedora para professores, que estão com um super desafio: como trazer as novas métricas relacionadas à BNCC sem que esse professores esteja, de fato, capacitado a gerar inovação em seu portfólio interno”, exemplifica.
“Capital de impacto” é o produto que busca gerar uma conexão entre empreendedores de impacto, que trabalham com o empreendedorismo social, e investidores de impacto. De acordo com a startup, trata-se de uma inteligência tecnológica para democratizar o investimento social em negócios liderados por pessoas com marcadores de diversidade.
“Muitas vezes são empresas que têm condições de investir, mas não sabem em que investir. A gente cria esse match entre empresas e empreendedores que precisam desse tipo de investimento”, esclarece Letícia.
Outros produtos
Planeta ODS
O Jogo Planeta ODS possui uma metodologia gameficada exclusiva de abordagem sobre os ODS. A prática estimula a empresa e os jogadores a repensar a maneira de fazer negócios e como promover a ação. A proposta é que cada participante entenda-se como parte integrante do problema e por meio dos desafios, perguntas e conhecimentos adquiridos.
Caminhos
Dinamizar o desenvolvimento socioeconômico de regiões periféricas por meio da Educação Empreendedora, fortalecimento de lideranças, qualificação dos empreendimentos produtivos e articulação em rede. É o exemplo do programa Caminho de Pirajá, que buscou alavancar o empreendedorismo de uma comunidade de Salvador, capital baiana.
“Na Comunidade de Pirajá e entorno formamos 25 líderes durante dois anos, líderes que tinham negócios em Pirajá e que, de alguma forma, não conseguiam alavancar o seu negócio. Fizemos todo o mapeamento dentro do bairro, identificamos as lideranças, as potencialidades, talentos, e aí já começa o nosso trabalho de educação para empreender”, afirma Patrícia.
Mãe
Trata-se de um programa de educação empreendedora que visa fortalecer o empreendedorismo feminino e comunitário por meio de uma metodologia que considera os princípios do feminino e a criação de uma rede de consultores, mentores, promoção social e fortalecimento de iniciativas de base local que possuam efeito multiplicador de renda e ocupação, em bairros populares contribuindo para transformar Cidades em lugares mais resilientes.
O objetivo deste produto é criar leis Municipais de Empreendedorismo Feminino comunitário que institui o Programa Mulheres Anjo e Empreendedoras (MAE). De acordo com a startup, as leis de apoio à mulher só atendem a demanda de apoio psicossocial em caso de violência. Neste sentido, a Startei buscar atender ao ODS 4 – Educação de Qualidade.
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