Sagres Em Tom Maior #303 apresenta nesta terça-feira (6) o quarto episódio da série Caminhos da Sustentabilidade sobre o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 8 (ODS 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico) da Agenda 2030 da ONU. O tema de hoje se baseia na meta 8.4 deste ODS, que trata da ampliação da eficiência da utilização de recursos globais no consumo e na produção, e dissociar o crescimento econômico da degradação ambiental.

Para o professor e especialista em Economia, Luiz Carlos Ongaratto, a eficiência da produção ocorre quando não há desperdício de itens como mão de obra, água e energia elétrica.

“É interessante todos nós termos acesso, podermos consumir produtos que gastem o mínimo possível para serem elaborados e que esse produto chegue ao máximo de pessoas possível sem desperdício nessa cadeia. Isso seria a eficiência da produção”, afirma. Confira a entrevista a seguir

Além disso, segundo Ongaratto, essa relação de eficiência da produção na utilização de recursos só é possível em um cenário que possua responsabilidade por parte do próprio consumidor em adquirir apenas o essencial e a responsabilização das empresas sobre a sua cadeia.

“É o que a gente chama de logística reversa, que é ‘o que eu estou produzindo de resíduos’ e tenho também de ser responsável por conscientizar o meu consumidor sobre o descarte correto daquele resíduo , e caso seja algo muito poluente é resgatar esse resíduo do consumidor”, afirma.

Leia mais: #01: Como alcançar crescimento econômico superior a 7% ao ano

Leia mais: #02: Saiba o que a taxa de variação do PIB por pessoa ocupada representa na geração de postos de trabalho

Leia mais: #03: O desenvolvimento de políticas produtivas no Brasil

Tão importante quanto a produção responsável é a conscientização do consumidor na dissociação do crescimento econômico sem que haja degradação ambiental.

“Mais importante do que o percentual de crescimento é a distribuição desse bolo, desse montante da economia. Quando se fala da indústria de alimentos, a gente tem fome no mundo e te excedente na produção de alimentos hoje. Então há mais uma quebra na forma como está feita a nossa economia. Ou seja, é uma economia que se baseia na diferença, no acúmulo de poucos e na pobreza de muitos. Então a ideia de dissociar o crescimento econômico do impacto tanto ambiental, da sustentabilidade, é entender que o nosso futuro não pode aceitar crescimentos econômicos a qualquer custo, a custo das pessoas, do meio ambiente, da natureza como um todo”, avalia.