A secretária de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Goiás, Andréa Vulcanis, é a convidada da 28ª edição do Conexão Sagres. Nos novos estúdios do Sistema Sagres de Comunicação, a titular da Semad Goiás faz um balanço do Seminário Internacional Águas Para o Futuro. O evento colocou o estado e o Cerrado no centro da agenda das águas.

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Realizado na última semana em Rio Quente, o evento reuniu especialistas para discutir a agenda das águas e a preservação dos biomas. Entre eles o Cerrado e a Amazônia. Primeiramente, Andréa Vulcanis destacou a necessidade de uma gestão compartilhada entre estados e governo federal das águas brasileiras.

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Além disso, a titular da pasta ressaltou o diálogo que unidades federativas estabelecem na Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema). Os encontros entre as lideranças e equipes técnicas ocorrem em uma câmara técnica.

Andréa Vulcanis é a primeira convidada do novo estúdio do Conexão Sagres (Foto: Sagres Online)

“Neste momento estamos com a câmara técnica instalada. Nós apresentamos em conjunto, ou seja, os estados do bioma Cerrado, um documento propositivo ao Ministério do Meio Ambiente no sentido de que a gestão e o controle do desmatamento e todo esse processo seja estabelecido de forma conjunta e equilibrada. O que a gente observou ao longo do tempo é que os estados acabam estabelecendo instrumentos diferentes, às vezes não avançam tanto na gestão ou outros avançam mais e esse desequilíbrio entre as gestões pode contribuir com a degradação ambiental”, afirma Vulcanis.

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Para a titular da Semad-GO, contudo, a responsabilidade de cuidar de rios e afluentes, bem como de preservar o Cerrado, não pode ser atribuída apenas ao poder público. “É preciso envolver as pessoas na agenda das águas, na valorização, na reconexão com esse elemento natural. A gente precisa entender o valor das águas para além do valor econômico ou de simplesmente desconsiderar isso como um recurso natural”, afirma. “Não é possível mais entender que as soluções todas estão exclusivamente nas mãos do governo, é preciso que todos compartilhem as responsabilidades e que todos assumam seus papéis em realizar a gestão e o uso dos recursos hídricos de forma adequada”, complementa.

Pacto

Durante o evento, o governador Ronaldo Caiado assinou o Pacto Pela Governança da Água junto à Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA). Desse modo, Goiás foi o 20º estado a assinar o documento. O pacto permite que a gestão do recurso natural possa receber cerca de R$ 7 milhões nos próximos cinco anos.

Ademais, Andréa Vulcanis reforça a importância de uma gestão compartilhada entre os estados para a preservação das águas e biomas. “Se o Estado concede autorização para retirar toda a água de um rio no estado, por exemplo, ela não vai chegar ao rio federal. Então não adianta a gente pensar que sem fazer um pacto pela gestão, que foi o que a gente assinou, é dizer isso: como a gente estrutura uma agenda compartilhada em que esses dados sejam os de retirada da água que a ANA tem acesso e vice-versa, o que está acontecendo na bacia, porque quem faz a gestão do rio federal está fazendo a última cadeia do ciclo de águas”, conclui a secretária.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ODS 13 – Ação global contra as mudanças climáticas e ODS 06 – Água potável e saneamento básico

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