O ministro da Educação Camilo Santana disse que o governo federal deverá permitir a criação de novas vagas para cursos de medicina apenas em regiões onde há déficit desses profissionais. A declaração foi dada durante entrevista ao portal g1, no Ceará.

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“A ideia inicial é que ele tenha foco a partir do Programa Mais Médicos para exatamente ter cursos onde há carência e necessidade de médicos”, disse o Santana.

Moratória

É que vigora desde o governo do ex-presidente Michel Temer em 2018 uma moratória, que proíbe a abertura de novos cursos de medicina no Brasil. A proibição, porém, deixará de valer a partir desta quarta-feira (5).

O objetivo da medida, à época, era controlar a qualidade na formação dos profissionais de saúde, em razão do aumento de faculdades de medicina privadas.

“O objetivo da moratória era reduzir o número de cursos. Mas fez foi aumentar e temos que ver a qualidade desses cursos que estão sendo oferecidos para os estudantes de medicina no Brasil”, disse o ministro.

Segundo Camilo Santana, MEC e Ministério da Saúde deverão elaborar, em conjunto, um edital sobre o assunto.

Cenário nacional

De acordo com levantamento feito pelo portal g1, São Paulo e Minas Gerais lideram quando o assunto é número de faculdades de medicina, com 18,6%. Entretanto, o Amapá, no Norte, com 0,3%, apresenta o menor índice.

Goiás, Bahia, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, por sua vez, possuem índice entre 8% e 12%.

No entanto, no período de 2014 a 2018, segundo dados do MEC, houve a criação de 12 mil vagas em cursos de medicina.

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