O presidente Jair Bolsonaro disse nesta -sexta-feira (18) que está em articulações avançadas para se filiar a um “partido pequeno” e que um de seus objetivos é aumentar a bancada governista no Senado nas eleições de 2022. O presidente, que se elegeu pelo PSL, teve reunião na quinta-feira (17) com a bancada aliada do partido e avisou que está quase fechado com o Patriota, partido ao qual o senador Flávio Bolsonaro (RJ), seu filho, se filiou recentemente.
“Eu vou ter que ter um partido. Eu já teria resolvido esse assunto, mas tem que ser muito bem conversado. Partidos geralmente têm donos. Está bastante avançada a ida minha para um partido, um partido pequeno”, disse o presidente em sua “live” semanal nas redes sociais, sem citar o nome da legenda. O presidente reclamou do fato de que não terá o fundo partidário a que o PSL tem direito, além de contar apenas com 25 segundos de tempo de TV no horário eleitoral, caso sua filiação se confirme.
Isso porque, de acordo com o presidente, o PSL teria eleito uma bancada muito menor caso ele não tivesse sido seu candidato à Presidência em 2018. O partido elegeu 52 deputados, três governadores e 4 senadores na ocasião. “Se eu não fosse candidato a presidente, o PSL teria uns 8, 9, 10 deputados federais. Eu entendo que, como eu saí não estou mais lá, o partido vai perder um pouco lá”, disse Bolsonaro. “Quem porventura ficar no PSL, caso eu venha a disputar [a eleição], não vou fazer campanha contra partindo, não.” O presidente fez a live ao lado do deputado Vitor Hugo (GO), que é o líder do PSL.
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No Senado
Bolsonaro disse ainda que um de seus objetivos é aumentar o número de aliados no Senado, Casa que hoje é palco de uma CPI para apurar erros e omissões de seu governo durante a pandemia. Um terço do Senado é remanescente da eleição de 2014.
Mais poder
“Há interesse meu em uma bancada maior para o Senado. O Senado decide muita coisa. Tem poder muito maior do que a Câmara em muitos aspectos”, disse.
Bate papo
O prefeito de Catalão, Adib Elias (Podemos) recebeu para reunião de articulação política o economista e pré-candidato a deputado federal, Júlio Paschoal, além de Ernesto Roller, secretário de Governo na gestão de Ronaldo Caiado, o prefeito de Anápolis, Roberto Naves (Progressistas), Alexandre Baldy, presidente do Progressistas em Goiás, e João Sebba, vice-prefeito de Catalão.
Veto na chapa
O encontro ocorreu em almoço e, na pauta, a busca de unidade entre aliados do governador Ronaldo Caiado (DEM) para a formação de chapa majoritária em 2022. São apenas três vagas e a intenção do grupo é evitar que uma delas seja ocupada pelo MDB, de Daniel Vilela.
Na janelinha
Avaliação é de que a composição com o MDB seria positiva para a base caiadista na próxima eleição, principalmente por conta da presença de Iris Rezende. No entanto, não consideram justa a ocupação de vaga majoritária por quem disputou contra o governador em 2018.
Desafio feito
Ernesto Roller fez questão de provocar o ex-deputado federal Sandro Mabel (MDB), sobre a possibilidade de compra de vacinas pelo governo do estado e, mais recentemente, por empresas. “O presidente da FIEG se desmentiu! Alega não haver autorização para compra de vacinas e confirma finalmente que nunca pôde comprar e estava apenas jogando para a plateia”, escreveu o secretário de Governo.
Nova reunião
O presidente nacional do Patriota, Adilson Barroso, tenta impedir a convenção do partido, convocada pelo vice-presidente Ovasco Resende, a ser realizada na quinta-feira (24). O presidente do Patriota em Goiás e secretário-geral do diretório nacional, Jorcelino Braga, garante que o ato de Barroso, publicado no Diário Oficial da União, não impede a convenção.
Votação
Braga adianta que a nova convenção, organizada pelo grupo dissidente de Barroso, pretende derrubar atos considerados irregulares, o novo estatuto aprovado, a filiação do presidente Jair Bolsonaro e a substituição do secretário de Organização, Nilton Silva, que morreu de Covid.
