Com a votação adiada para a próxima segunda-feira (25), o relator do processo disciplinar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), senador Humberto Costa (PT-PE) leu apenas a primeira parte de seu relatório. Ele explicou todos os passos adotados para obter informações necessárias à elaboração do documento final.

Humberto Costa destacou todas as atividades do Conselho de Ética, desde a votação dos requerimentos convocando testemunhas até o depoimento do próprio senador Demóstenes. O texto cita ainda alegações finais da defesa, à respeito da condução do processo.

“A opção não decorreu da suposta alegação de invalidade das provas feita reiteradamente pela defesa do senador Demóstenes Torres. Derivou de não estarem os dados até aquele momento, oficialmente sob o crivo deste Conselho, não podendo ser verificada sua autenticidade e, sobremaneira, por considerá-los desnecessários à análise preliminar, em que somente indícios da quebra de decoro parlamentar já se apresentavam como suficientes para o acolhimento da representação”, relatou Humberto Costa.

O senador frisou ainda a possível interferência do Supremo nas decisões do Congresso. “A defesa atua para protelar esse processo, mas nós vamos continuar perseguindo a meta de votá-lo antes do recesso. Discordo frontalmente da decisão tomada pelo Tribunal. É uma interferência no funcionamento do Congresso”, afirma.

A próxima reunião está marcada para segunda-feira (25), às 18h, no Conselho de Ética do Senado. (Com Agência Senado)