O dia 28 de junho marca a celebração do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAPN+. A data surgiu de um confronto entre policiais e manifestantes nos Estados Unidos em 1969. O protesto acontecia em defesa do clube gay Stonewall Inn, aberto em 1967, no coração do boêmio bairro de Greenwich Village, em Nova York.

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Inicialmente, a luta contra a discriminação no Brasil ganhou a sigla GLS: gays, lésbicas e simpatizantes ou apoiadores da causa homossexual. Com o passar dos anos, porém, houve mudanças e uma evolução para LGBT, incluindo também bissexuais, transexuais e travestis.

Com mais visibilidade, a sigla ganhou o símbolo “+”, uma referência matemática cujo objetivo era sinalizar o que ainda estaria por vir. Hoje, 54 anos depois, o movimento possui 10 caracteres: LGBTQIAPN+. Além disso, uma nova bandeira estampa a luta diária contra a discriminação.

Bandeira e sigla

Nova bandeira da causa LGBTQIAPN+, lançada em 2022 (Foto: Observatório G/UOL)

Mas você sabe o que significa cada letra da atual nomenclatura e a simbologia da nova bandeira? As cores vermelha [vida], laranja [cura], amarela [luz do Sol], verde [natureza], azul [harmonia e serenidade] e violeta [espírito humano] são as utilizadas pelo movimento LGBT+ desde 1978.

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Ademais, o branco, rosa e turquesa [magia e arte] simbolizam o orgulho trans. O marrom e o preto fazem alusão ao antirracismo. O círculo roxo sobreposto a um triângulo amarelo representam as pessoas que se identificam como intersexo.

O que significa cada letra da sigla:

Lésbicas: identificam-se como femininas e se relacionam com outras do mesmo gênero;

Gays: identificam-se como masculinas e se relacionam com outras do mesmo gênero;

Bissexuais: relacionam-se com os gêneros femininos e masculinos;

Transexuais e travestis: não se identificam com o gênero atribuído no nascimento. No caso das últimas, é sempre “a” travesti, no feminino;

Queer: não se identificam com os padrões impostos pela sociedade e preferem não se limitar a um único gênero ou orientação sexual;

Intersexo: possuem características biológicas tanto do sexo feminino quanto do masculino;

Assexuais: não possuem atração sexual. No entanto, não há qualquer relação com falta de libido, questões biológicas ou de ordem psicológica, como traumas;

Pansexuais: pessoas que se relacionam com outras de todos os gêneros, incluindo femininos, masculinos e não-binários;

Não binários: identificam-se com o gênero feminino ou masculino. Além disso, podem se identificar com mais de um ou nenhum.

Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ODS 05 e 10 – Igualdade de gênero e Redução das desigualdades, respectivamente.

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