O Vila Nova Futebol Clube tinha a expectativa de disputar pela segunda vez, o Brasileiro de Aspirantes. Porém o convite por parte da CBF não chegou ao Onésio Brasileiro Alvarenga – a entidade definiu os participantes da competição conforme o ranking nacional de clube. A notícia foi lamentada pelo presidente colorado, Hugo Jorge Bravo, em entrevista à Sagres 730.

“Tivemos o empenho da Federação Goiana, através do nosso presidente, André Pitta, que tem sido um grande parceiro do Vila Nova. Com base no que fizemos no ano passado, tentamos buscar um convite. Porém, a CBF entendeu que deveria cumprir o regulamento dos anos anteriores, para não ter problemas em anos futuros. Isso pra nós é um motivo de tristeza. Por mais que a gente soubesse do risco, tínhamos muita esperança de estar participando e buscando repetir a grande campanha que foi em 2020”, explicou o dirigente.

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Plano B

Anteriormente, Hugo Jorge Bravo já havia falado sobre a possibilidade de uma outra alternativa, caso o Vila Nova não fosse convidado para a competição nacional. Nesse sentido, existe um acordo em andamento, para que os jogadores que compõem o sub-23, sejam emprestados para uma equipe, que disputará a Série D do Campeonato Brasileiro. De acordo com o dirigente colorado é uma oportunidade para que os atletas não fiquem sem atividade nessa temporada.

“A medida que as coisas vão acontecendo, a gente faz nosso replanejamento de forma imediata. Temos uma proposta audaciosa que é buscar a formação de atletas. Sabendo que entre o sub-20 e o profissional, há uma lacuna que poucos vão conseguir ultrapassar de forma imediata. Então, precisamos pensar em uma transição em outro local. Sabemos que vestir essa camisa vermelha, pesa 150 kg. Então, temos buscado uma equipe que vai disputar a Série D, pra fechar uma parceria e mandar na casa de oito a dez atletas pra essa equipe”, revelou Hugo.

Existia também, a possibilidade do Vila Nova representar algum time da Divisão de Acesso. A princípio, essa condição está de ‘stand by’, já que não há uma data definida para o início da competição. Contudo, além de emprestar jogadores pra um time que disputará a Série D, outros jovens deverão seguir o mesmo caminho, em diversos clubes pelo país.

Semifinal

Nesta quarta-feira(05), o Vila Nova recebe a Aparecidense no primeiro jogo da semifinal do Goianão. De antemão, o Camaleão tem a vantagem de decidir a vaga para a final, em casa. Porém, caso haja dois empates ou vitória e derrota pela mesma diferença de gols, a decisão da vaga, vai para as cobranças de pênaltis. De acordo com Hugo Jorge Bravo, será um confronto equilibrado, entre as duas melhores equipes do Grupo B.

“Confronto equilibrado, com uma equipe que é bem ajustada. Mas futebol é dentro de campo, jogado . A equipe que tiver um nível de concentração melhor, vai passar para a final. Então, é um jogo bastante equilibrado e uma equipe que conta com um apoio tremendo do poder público municipal, e nós, não contamos com esse apoio aqui. Mas que chega num momento em que as duas melhores equipes do nosso grupo, se enfrentam. Vai sair dali, a equipe que estiver mais concentrada e preparada, para disputar a final do Goianão”, analisou Hugo Bravo.

Arbitragem

Sobre a arbitragem na reta final do Goianão, Hugo Jorge Bravo foi enfático, ao destacar seu pensamento. Segundo o dirigente colorado, não houve motivo para que ele fosse expulso no primeiro jogo das quartas de final. Não só o Vila Nova, mas também o rival Goiás, reclamou dos árbitros.

“O que me desagrada principalmente, é a forma comportamental dos árbitros. A forma como conduzem e administram a partida. Por exemplo, um cara experiente como o Wilton Sampaio, que sem dúvida, entendo que é o melhor árbitro do estado. Mas é um cara que conseguiu me relatar em um jogo, em que ele fala que eu gesticulava inapropriadamente. Não apontei dedo pra ele, não fiz gesto nenhum. Aí, recebo a notícia, que fui advertido pelo tribunal. Advertido de que? Não fui expulso, não desrespeitei ninguém. Não entendo. Em Anápolis, houve uma falta claríssima em nosso jogador. Você simplesmente fala, ‘pô, tá de sacanagem, não apitar uma falta dessa na minha frente’, aí o cara me expulsa. Em um jogo em que a diretoria adversária estava xingando de mamando a caducando do árbitro”.

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Comportamento da arbitragem

Ainda na resposta anterior, Hugo Jorge Bravo lembrou a representação que o Vila Nova fez contra o árbitro Eduardo Tomaz. Segundo o dirigente colorado, essa medida pode ter reflexo em advertências contra os dirigentes colorados, nos jogos. Além disso, Hugo pede melhor preparo da arbitragem.

“Talvez porque nós representamos o Eduardo Tomaz naquele primeiro jogo. Os caras estão muito mais preocupados com o extra campo, do que com o campo. Erros vão acontecer, infelizmente terão jogos que seremos beneficiados e outros que seremos prejudicados. No balanço histórico, particularmente vejo o Vila muito mais prejudicado que beneficiado. Mas não vejo e não posso ser leviano em dizer que consiga perceber má fé. O que posso pedir é torcer para que haja cada vez mais treinamento para os árbitros e ter mais controle na hora de apitar as partidas. A forma de administrar é muito ruim, o trato com os jogadores é muito ruim e naquele jogo contra o Goiás ficou muito evidente”, analisou o presidente.

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VAR

O presidente da Aparecidense Elvis Mendes afirmou que não quer a utilização de VAR. O dirigente se sentiu prejudicado, quando teve o auxílio do árbitro de vídeo, no Goianão 2020. Entretanto, o presidente Hugo Jorge Bravo, afirmou que por parte do Vila Nova, o VAR seria bem-vindo. Ainda assim, o presidente não entende quem é contra o árbitro de vídeo.

“Pra mim é um absurdo. Seja quem for, repórter, cronista, presidente de clube, jogador ou treinador, reclamar do VAR. É ali que você muda uma partida do que é certo ou não é. Se o cara está um centímetro impedido, vale-se a regra. Então, não entendo o que passa na cabeça de um ser humano que é contra o VAR. Tenho certeza que na vida particular, ele defende o que é certo o tempo inteiro. Então, nunca entendi qualquer tipo de posição contrária ao VAR”, analisou Hugo Jorge Bravo.

Apesar de ser favorável ao VAR, o clube tem uma dívida com os funcionários, referente ao pagamento do décimo terceiro salário. Segundo Hugo Bravo, algo em torno de R$ 40.000,00 (quarenta mil reais). Portanto, seria inviável ao Vila Nova, se comprometer a pagar pelo árbitro de vídeo, e deixar de quitar a dívida com os funcionários. Ainda assim, Hugo Jorge Bravo revelou que numa eventual chegada à final, é algo a ser estudado. De acordo com o presidente, pode ser tentada uma parceria através do departamento de marketing, para custear o VAR.

Favoritismo

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O técnico Thiago Carvalho afirmou em entrevista exclusiva à repórter Nathália Freitas, que o Camaleão está à frente de Vila e Goiás. Portanto, o técnico considera a Aparecidense favorita, diante do Vila Nova. Ao contrário do técnico rival, Hugo Jorge Bravo preferiu não polemizar. “Prefiro não comentar essa declaração, pois pra mim, conversa não ganha jogo. Então, prefiro nem comentar, é opinião dele, cabe a nós, respeitar, ponto”, finalizou Hugo Jorge Bravo.