Pará prepara Plano de Qualificação para o Turismo visando COP30 

Sede da Conferência do Clima da ONU em 2025, a COP 30, o Pará prepara um plano de qualificação para o turismo liderado pelo governo estadual, em parceria com o Governo Federal e instituições como o Sebrae e a Fundação Getúlio Vargas.  

Segundo o governo do Pará, a iniciativa visa fortalecer a qualificação da população paraense, principalmente nas áreas do turismo, hospitalidade, lazer, infraestrutura e produção alimentícia. A primeira reunião do grupo de trabalho aconteceu no dia 17 de janeiro e os debates objetivam a construção de um Plano de Formação e Qualificação e Capacitação Profissional para a COP 30. 

“Nosso objetivo é capacitar uma grande parcela da população do Estado, tanto para esse período pré-COP, como durante a COP e para o pós-COP também. Esse é um dos legados que queremos deixar, com qualificação profissional dos paraenses. A partir desta reunião de articulação, a ideia é focar, principalmente, naqueles cursos que possuem algum tipo de ligação com as áreas de conhecimento necessários para melhor atender os visitantes durante o período do evento”, explicou Victor Dias, titular da Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (SECTET). 

Parcerias na qualificação 

Para elaborar e executar o plano de qualificação, o Governo do Pará vai contar com uma série de parcerias, como a do Ministério do Turismo. Entre as ações desenvolvidas pelo Governo Federal está a implementação de uma Escola de Turismo, que funcionaria como uma unidade descentralizada do Ministério no estado, em uma parceria com a Secretaria do Turismo do Pará.  

“Serão construídos quartos de hotéis, cozinha industrial, e todo um aparato para formar diversas áreas, como motoristas, cozinheiros, chefes de cozinha, sommelier, arrumadeira, camareira”, explicou o ministro do Turismo, Celso Sabino.  

A iniciativa conta ainda com o Sebrae (PA) que já vem desenvolvendo ações como a criação da Agência Sebrae COP 30, cursos de capacitação em língua inglesa e preparação para aqueles que querem se cadastrar nos aplicativos de hospedagem.  

“Precisamos envolver quem empreende nas ilhas de Belém, para que as pessoas entendam o quanto serão impactadas com a Conferência e se preparem”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae (PA), Rubens Magno.  

Ainda na primeira reunião do grupo de trabalho, o coordenador de projetos da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Coelho, apresentou diagnósticos e soluções referentes à capacitação e à preparação do setor de turismo para o período da COP 30.  

“Além de mostrar os dados referentes à capacitação, a ideia é também ouvir as instituições do Estado, para discutir os próximos passos da construção desse Plano, que, sem dúvidas, deixará um legado para a mão de obra paraense, tanto para as pessoas que já estão inseridas no mercado de trabalho, com uma capacitação adicional, como para aqueles que pretendem conquistar novas vagas no mercado a partir das demandas que surgirão com a COP 30”, afirmou.  

Brasil no centro do debate 

Mais de 70 mil pessoas devem visitar Belém durante a realização da COP 30 em 2025. Alinhado ao Governo Federal e aos parceiros institucionais, o Governo do Pará vem buscando soluções para os gargalos que permeiam a realização da Conferência do Clima, como o déficit de leitos na hospedagem.  

A realização da COP30 no Brasil, mais especificamente na Amazônia, também gera expectativas positivas sobre colocar dois dos principais biomas brasileiros no centro do debate climático mundial: a floresta e o cerrado.  

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 13 – Ação Global Contra as Mudanças Climáticas 

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