Em abril deste ano, a Índia ultrapassou a China como o país mais populoso do mundo. De acordo com projeções da Organização das Nações Unidas (ONU), os indianos superaram os vizinhos em 3 milhões, com 1,428 bilhão de habitantes. Dessa forma, pela primeira vez os chineses deixaram de liderar o ranking, elaborado desde a década de 1950.

Ao mesmo tempo em que se tornou a nação mais povoada, a Índia também experimenta um crescimento econômico. Afinal, no ano passado, tomou o lugar de sua ex-metrópole, a Inglaterra, como a quinta maior economia mundial. A última reunião da cúpula do G20, realizada na capital indiana, Nova Delhi, consolidou a influência geopolítica do país.

Com um crescimento acima da média mundial – enquanto o PIB global teve expansão de 3,1% em 2022, a Índia superou os 7% -, a nação do sul asiático representa uma ameaça para a política chinesa. Enquanto a China tem uma população cada vez mais envelhecida e crescimento vegetativo estagnado, o contrário acontece no vizinho.

Nesse sentido, a Índia vive um cenário de maior percentual de jovens em sua população, com uma taxa de fertilidade superior à chinesa e queda acentuada na mortalidade infantil. Dessa forma, a ONU projeta que a população indiana continue a crescer nas próximas décadas, com um pico estimado de 1,7 bilhão de habitantes em 2064.

Além disso, a maior ameaça à China está nas parcerias estratégicas da Índia e no seu papel de equilíbrio regional na Ásia. Embora siga com muitos desafios internos, o país tem assumido protagonismo internacionalmente e se apresenta como um tipo de liderança diferente, melhor relacionada com o Ocidente.

O tema, portanto, é o destaque desta edição do Sagres Internacional. O jornalista Rubens Salomão e o professor de geopolítica Norberto Salomão discutem a rivalidade entre os vizinhos.

Confira também

No quadro “Abre aspas”, a reunião de Kim Jong-un, líder da Coreia do Norte, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Com a situação militar e política na península coreana e na Europa em pauta, o ditador destacou que “precisamos intensificar ainda mais a cooperação estratégica e tática para garantir a segurança e uma paz duradoura”.

Já no “Brasil Internacional”, o financiamento do Governo Federal pelo Centro Internacional de Segurança para Amazônia. De forma a combater crimes ambientais e o narcotráfico, uma unidade financiada pelo Brasil reunirá polícias dos oitos países que compõem a região amazônica, em compromisso firmado durante a Cúpula da Amazônia.

De volta ao destaque internacional, o Brasil subiu o tom nas críticas ao Tribunal Penal Internacional (TPI). O ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o TPI funciona de modo “desequilibrado” e endossou os comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pelo fato do Brasil ser signatário do tratado da corte, enquanto EUA e China não são.

Confira a edição 235 do Sagres Internacional

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes

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Sagres Internacional #235 | Índia: a gigante asiática que pode ameaçar a China

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